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Nem sei se deva chamar e-reader ao Digital Paper da Sony (DPT-S1). Tem 13.3'' e, por enquanto, só lê PDFs. Ou seja, não lê outros formatos de ebooks.
O e-reader tradicional tem 6'', ecrã feito com papel electrónico, bateria longa e lê vários formatos de livro digital (os ebooks). Este da Sony tem mais do quádruplo da dimensão e não lê mais do que PDFs. Continua a ter tecnologia de papel electrónico, bateria longa e tudo isso. Mas é muito mais dedicado a documentos e livros técnicos, de estudo. Um e-reader tradicional foi desenhado para imitar a leitura de um livro "convencional", romances, policiais, ficção, etc.
Para mim, e-readers de grande dimensão encaixam numa categoria à parte e deveriam ter um nome mais específico, porque não são propriamente feitos para ler um livro tranquilamente num jardim, na praia, no sofá. O Sony DPT-S1 continua a ser leve o suficiente para segurar apenas com uma mão, mas não dá para transportar numa mala pequena. Nem nunca pensaria em comprar um e-reader tão grande se só quisesse ler romances.
Ao falar do Digital Paper, que começou a aparecer em Maio do ano passado e que foi posto à venda em Dezembro no Japão, começamos a pensar se outras empresas não estarão a produzir aparelhos semelhantes. Especialmente depois das informações desanimadoras que a Sony revelou.
E a verdade é que há uma empresa que já apresentou um e-reader com dimensões iguais e outra que por enquanto anda só a pensar nisso.
As outras empresas que, tal como a Sony, estão a desenvolver e-readers de 13.3'' são a Onyx Boox e a PocketBook. A primeira é uma empresa Chinesa e a outra é Russa. Ambas trouxeram bons contributos para o mundo dos e-readers.
A PocketBook já apresentou o seu e-reader de 13.3'', chamado CAD reader e pensa pô-lo à venda em Agosto deste ano. Tal como o DPT-S1, também inclui caneta digitalizadora. É mais direccionado para arquitectos, mas corre Android completo, ou seja, podemos instalar aplicações que permitam lidar com PDF's e outros formatos de ebooks. Na parte dos contras temos o ecrã ainda em vidro, o que o torna bem mais pesado que o da Sony...
Até agora quem deu mais notícias foi, de facto, a Sony. Já fez um update ao firmware do DPT-S1, já deu conferências de imprensa e anda a tentar arranjar parceiros que comercializem o aparelho. Provavelmente em Maio vai colocá-lo à venda na América por $1100, o que equivale a €800.
Este é a proposta mais recente e, ao mesmo tempo, mais antiga no mundo dos e-readers. A Sony vai lançar um e-reader de 13.3” direccionado para os estudantes. Yeah!!
Isto foge ao que é comum nos e-readers que conhecemos: as dimensões reduzidas e portáteis. Aliás, nunca se viu um tamanho tão grande num ereader. No entanto, a proposta de ser orientado para os estudantes não é nova. A Amazon foi das primeiras a fazer um e-reader de maiores dimensões, já a pensar nos estudantes, quando criou o Kindle DX. Este não chegou a fazer muito sucesso (embora a empresa o tenha relançado à uns dias) porque, não só era caro, como falhou em alguns testes realizados em universidades.
Mas a Sony tem planos melhorados.
O seu nome será Digital Paper e uma das características mais úteis (para além do ecrã grande) é a função de escrita manual. Podemos tirar notas no próprio pdf ou, se quisermos, numa aplicação separada.
Ainda não se sabe se terá reconhecimento da escrita ou ligação com o evernote (como no modelo anterior, o sony prs-t2) para podermos compilar e enviar a notas por email, mas a Sony afirma querer tornar o sistema fluido e fabricá-lo a pensar nos estudantes é espectacular.
Possui uma tecnologia nova de e-paper, chamada Mobius, que, na prática, torna o ecrã mais leve. Assim, o tamanho grande do ecrã não vai tornar o aparelho mais pesado.
Outra novidade é a resolução do ecrã: 1600x1200, que supera as dos ereaders actuais. Este ereader já está em fase de testes em universidades japonesas, para que que a empresa receba feedback dos próprios estudantes.
Espera-se que o produto final seja lançado ainda no final deste ano.
Vejam o vídeo abaixo para o verem a funcionar: